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Prof. Dr. Joel Thiago Klein

Joel Thiago Klein

Professor do Departamento de Filosofia da UFPR

 
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Graduado e Mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria (2008) e Doutor em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina (2012) com estágio de doutorado na Humboldt-Unversität zu Berlin. Professor de Filosofia Moderna, Ética e Filosofia Política na Universidade Federal do Paraná (UFPR), atuando na graduação e pós-graduação. Também atua como membro permanente na pós-graduação do Curso de Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Fez pós-doutorado na Ludwig-Maximilians-Universität München com bolsa CAPES/Alexander von Humboldt para pesquisador experiente. Editor da Studia Kantiana (revista da Sociedade Kant Brasileira desde 08/2015, qualis A2). Membro da Diretoria da Sociedade Kant Brasileira (Gestão 2014-2018; 2018-2022; 2023-2026). Membro de sustentação do GT Kant da ANPOF. Membro associado do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa. Bolsista produtividade CNPq desde 2016. Ex-bolsista CAPES e DAAD. Entre suas publicações destacam-se o livro Kant e a Ideia de uma história universal (Loyola, 2016) e artigos publicados nas principais revistas de filosofia do Brasil (como Ethic@, Analytica, Kriterion, Veritas, Discurso, Transformação, Dois Pontos, Cadernos de Filosofia Alemã, Dissertatio, Studia Kantiana e Manuscrito) e em importantes revistas internacionais (como Kant-Studien, Kant Yearbook, Kantian Review, Revista Portuguesa de Filosofia, Revista Latinoamericana de Filosofia, Philosophica, entre outras). Também possui diversas publicações em coletâneas internacionais em editoras como OLMS, De Gruyter, Palgrave Macmillan, Cambridge Schollars, Duncker & Humblot e Routledge. Trabalhou como editor de 34 volumes de revistas (Studia Kantiana, Ethic@, Dois Pontos e Princípios). Além da pesquisa desenvolvida na filosofia teórica e prática de Kant (tanto a partir de uma perspectiva histórica, quanto sistemática), trabalha com temas de epistemologia, democracia, filosofia do direito, filosofia da história e teorias da justiça. Orientou 15 dissertações de mestrado e está orientando 6 estudantes de pós-graduação (3 mestrados e 3 doutorados), supervisiona 2 estágios de pós-doutorado.

Projetos de Pesquisa

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Projetos de Pesquisa

 

Perspectivas Kantianas sobre as causas da irracionalidade social

PROBAL (PROBAL - CAPES/DAAD)  |  2022 - 2025

O projeto conjunto de pesquisa se propõe a analisar, problematizar e avaliar os diferentes aspectos da natureza humana acerca das fontes da irracionalidade social e suas possíveis soluções, tais como apresentadas na filosofia de Kant e na filosofia de herança Kantiana (em especial Rawls e Habermas). À primeira vista pareceria que a filosofia kantiana não possui nenhuma relevância para a racionalidade social, área dedicada a definir os meios mais adequados para se alcançar fins sociais e a realização de determinados valores. É do escopo da racionalidade social investigar os obstáculos e definir uma organização sistematicamente adequada para superá-los. Entretanto, se a relação de fins e meios da ação não se constitui como o elemento central das éticas Kantianas, disso não se segue que a racionalidade pragmática não tenha um papel imprescindível, seja para os fins sociais, seja morais. Isso foi claramente enfatizado por John Rawls, que na construção de sua teoria liberal dos princípios de justiça para a estrutura fundamental da sociedade enfatizou o papel da racionalidade social (rationality) e da razoabilidade (reasonableness). Também na Antropologia de um ponto de vista pragmático de Kant encontram-se inúmeros elementos para uma análise sistemática da irracionalidade social. Eles esclarecem diversas dimensões da irracionalidade social, que normalmente são tratados de modo independente, mas que, ao serem reunidos e interligados sistematicamente, constituem uma crítica radical da irracionalidade social e uma alternativa ao egoísmo metodológico (epistemológico, lógico e moral).

Direito e Estado: Relações conceituais e normativas na filosofia do direito de Kant e suas implicações contemporâneas

CNPq  |  2022 - Em andamento

Este projeto de pesquisa se propõe a reconstruir e avaliar os fundamentos e as implicações morais, políticas e jurídicas da filosofia do direito de Kant de modo a defender que não existe uma sobreposição, mas sim uma articulação entre sua teoria do direito positivo e sua teoria do estado. No contexto da teoria do direito positivo investiga-se os critérios estritamente jurídicos e legais constitutivos do conceito de lei e de direito positivo, os quais não dependem ainda de um elemento moral em sentido estrito, visto assentarem-se exclusivamente sobre uma teoria da ação. Nesse sentido, pretende-se desenvolver a tese de que a teoria do direito positivo de Kant possui vários pontos de contato com a filosofia do direito de Hans Kelsen, mas também com o positivismo jurídico normativo defendido por Jeremy Waldron. No contexto da teoria do estado pretende-se analisar os fundamentos jurídicos, antropológicos e morais da criação do estado e do papel argumentativo desempenhado pela figura do contrato social. Dessa forma, pretende-se avaliar a legitimidade e os limites de atuação do estado tendo em vista a existência das pretensões de direitos individuais e coletivos anteriores ao estado.

Posse e propriedade na filosofia do direito de Kant: análise e avaliação dos seus fundamentos normativos e suas implicações morais, jurídicas e políticas

2019 - Em andamento

O presente projeto de pesquisa se concentra na análise e avaliação dos conceitos de posse e propriedade na filosofia do direito de Immanuel Kant Nesse sentido, a partir de uma perspectiva histórico-sistemática, pretende-se analisar os problemas específicos da fundamentação da posse e da propriedade, buscando com isso empreender uma interpretação que explique e justifique a natureza e as formas de propriedade, bem como as suas consequências e limites para o Estado e atuação política. Além disso, contextualiza-se a teoria da propriedade kantiana com outras teorias da propriedade modernas, mais especificamente as de Grotius, Hume, Locke e Rousseau. Por fim, pretende-se comparar a proposta kantiana tendo em vista os modelos de Estado liberal, republicano, socialista, Estado de bem-estar social e ainda aventar uma atualização com relação a questões de justiça intergeracional e de propriedade intelectual.

Fundamentos epistemológicos e metodológicos da Crítica da Razão Pura

2018 - Em andamento

O projeto de pesquisa tem o objetivo de mapear os fundamentos epistemológicos e metodológicos que constituem a estrutura da Crítica da razão pura. Trata-se de um projeto de longa duração que tem por objetivo escrever um comentário à obra.Também pretende-se avaliar em que medida a CRP poderia ser compreendida no horizonte de um metodologia construtivista.

Antropologia e Teleologia: Kant leitor de Rousseau

2013 - 2017

​​Investiga-se as continuidades e descontinuidades entre as filosofias de Rousseau e Kant, especialmente no que se refere à teoria antropológica. Nesse contexto, entram como questões de estudo as críticas culturais e políticas, a teorização sobre o surgimento e o status do mal e da possibilidade de sua superação, além da introdução do tema da história como horizonte de reconhecimento e construção daquilo que seria o caráter da espécie humana. Uma das hipóteses a ser adotada nesta investigação é a de que Kant tenta superar aquilo que ele considera uma aporia no pensamento de Rousseau através da reintrodução de uma teoria teleológica junto com a teoria da perfectibilidade. Investigar o significado teórico dessa retomada para a teoria antropológica, seja da perspectiva de Rousseau, seja da perspectiva de Kant, constitui um dos objetivos desta pesquisa.

Publicações de destaque
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Comentários às obras de Kant_Crítica da Razão Prática.jpg
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Comentários às obras de Kant: Crítica da Razão Prática

Lorenna Fyama Pereira Marques, Joel Thiago Klein (Orgs.). – Florianópolis: NéfipOnline, 2023, 517 p.

A Crítica da razão prática é uma obra fundamental na teoria moral de Kant e um comentário que abarque sua unidade literária se apresenta como uma contribuição relevante tanto no contexto dos estudos kantianos, quanto para o campo da ética. Afinal, a segunda Crítica é uma obra complexa que, além de introduzir novos conceitos como os de fato da razão e de postulados da razão prática, pressupõe diversos argumentos e conceitos desenvolvidos na Fundamentação da Metafísica dos Costumes e na Crítica da razão pura. Na Crítica da razão prática Kant desenvolve sua teoria madura sobre a relação entre liberdade e moralidade, sobre a motivação moral e o papel do sentimento de respeito, sobre a tese da primazia do uso prático com relação ao uso teórico da razão e, finalmente, sobre o que seria o método da razão prática. O presente comentário cooperativo reúne os esforços de diversos pesquisadores brasileiros na busca por apresentar e esclarecer os principais argumentos e conceitos encontrados na obra, bem como explorar suas relações com o sistema filosófico de Kant. O objetivo do livro é servir como um guia para estudantes de graduação e pós-graduação que possuem interesse em conhecer a obra em maior detalhe ou mesmo para aqueles que queiram ter um conhecimento dos principais elementos da filosofia moral kantiana.

Publicações de Destaque

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Comentários às obras de Kant Fundamentação da Metafísica_dos Costumes - Egyle Hannah do Na
Comentários às obras de Kant Fundamentação da Metafísica_dos Costumes - Egyle Hannah do Na

Comentários às obras de Kant: Fundamentação da Metafísica dos Costumes

Egyle Hannah do Nascimento Lopes, Joel Thiago Klein (Orgs.). – Florianópolis: NétipOnline, 2022, 474 p.

Publicada em 1785, a Fundamentação da Metafísica dos Costumes (FMC) é a primeira obra de Kant dedicada exclusivamente à filosofia moral. Ela se constituiu como um cânone indispensável para compreender uma das correntes mais influentes da ética. Apesar de ser pouco extensa, as ideias nela contidas apresentam uma profundidade e originalidade que lhe atribuem uma relevância incontestável. É nessa obra que Kant apresenta pela primeira vez conceitos centrais como os de imperativo categórico, autonomia, dever e obrigação moral.

 

O presente volume tem o objetivo de servir como um estudo e guia introdutório para estudantes de graduação e pós-graduação que possuem interesse em estudar a filosofia moral kantiana ou buscam um conhecimento para além do superficial com relação a uma das principais correntes da ética. Cooperaram com esse comentário reconhecidos professores e pesquisadores brasileiros da área, de modo que fica à disposição do público um comentário detalhado, abrangente e multifacetado do texto.

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Comentários às obras de Kant À paz perpétua - Pedro Henrique de Freitas Ferreira, Joel Thi
Comentários às obras de Kant À paz perpétua - Pedro Henrique de Freitas Ferreira, Joel Thi

Comentários às obras de Kant: À Paz Perpétua

Pedro Henrique de Freitas Ferreira, Joel Thiago Klein (orgs.). – Florianópolis: NéfipOnline, 2022, 431 p.

Publicada há mais de 200 anos, a obra À paz perpétua sobreviveu ao tempo, permanecendo, ainda hoje, indispensável para quem se propõe a refletir não apenas acerca da filosofia política e jurídica de Kant, como também das relações políticas vigentes. Trata-se de uma obra que, para o pensamento de Kant, tem uma relevância incontestável, de tal modo que não é cabível um estudo sério sobre as posições políticas desse filósofo que desconsidere as proposições nela contidas. Em À paz perpétua, afinal de contas, estão presentes algumas das condições e das metas que Kant enxergava como as mais nobres: do acordo entre o direito e a moral ao estabelecimento de relações pacíficas entre os diferentes povos do mundo. Ora, são exatamente essas relações que evidenciam a indispensabilidade para uma adequada compreensão e avaliação do cenário político do século XXI. Não continuamos, pois, em tempos marcados por guerras em âmbitos distintos, guerras para as quais queremos dar um fim? Os textos aqui reunidos têm o objetivo de levar ao público uma introdução explicativa aos principais temas de À paz perpétua. Para tanto, cada comentário está dedicado seja para uma parte do livro, seja para conceitos e contextualizações históricas. Vínculos com outras obras também são abordados, na tentativa de fazer valer a sistematicidade tão cara a Kant. O presente trabalho é a continuação de um projeto que visa contribuir com a ampliação e a qualificação dos debates e do ensino da filosofia kantiana no Brasil, disponibilizando, pela editora Néfiponline, reflexões gratuitas para todos e todas que possam ter interesse.

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Leituras de Rousseau

Cristina Foroni Consani | Joel T. Klein
Leituras de Rousseau [recurso eletrônico] – Florianópolis: NéfipOnline, 2022, 319 p.

 

Rousseau é um autor fascinante. Sua escrita é apaixonada, fluída e tem a capacidade de capturar facilmente a atenção de seus leitores. À medida que o leitor avança no estudo de seus textos depara-se, contudo, com a complexidade do pensamento deste filósofo, com suas ambiguidades e sutilezas e, não raro, passa a questionar se não está diante de paradoxos. O propósito deste livro é se debruçar sobre o pensamento político de Rousseau, explorando suas ambiguidades e questionando se elas podem de fato ser consideradas paradoxos, ou se é possível acomodá-las a partir de uma leitura mais abrangente e nuançada de sua obra. Essas leituras de Rousseau podem, todavia, ser consideradas um tanto quanto heterodoxas, uma vez que não pretendem apenas fazer uma exegese de seus textos e excertos mais polêmicos. Além de uma análise da obra política de Rousseau, pretende-se também estabelecer uma conexão entre seu pensamento e temas que têm se destacado na filosofia política contemporânea. Busca-se, assim, mostrar como a obra de Rousseau é apropriada por grandes pensadores políticos de seu tempo e também por filósofos contemporâneos, os quais visualizam em seus escritos, ainda que em gérmen, elementos fundamentais para se pensar a democracia, a liberdade individual e sua conciliação com os interesses coletivos, os elementos que o atrelam ao republicanismo e ao liberalismo, os contornos da propriedade e da justiça social, a crítica social, a educação cívica e a natureza humana.

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Cosmopolitanism
From the Kantian Legacy to Contemporary Approaches

Cristina Foroni Consani (Hrsg.) | Joel T. Klein (Hrsg.) | Soraya Nour Sckell (Hrsg.) - Beiträge zur Politischen Wissenschaft (BPW), Band 198, 2021. 1 Abb.; 326 S.

This book investigates several dimensions of the concept of cosmopolitanism since Kant. The first of these dimensions is a world vision that considers the construction of a »cosmopolitan self« as a question of justice. The second is the idea that a local political-legal order is fully democratic only if it respects the environment and the human rights of all people of the world, regardless of their citizenship. The third dimension concerns the practice of crossborder associations between individuals, institutionalized or not (cosmopolitics, as Balibar called it). The fourth considers individuals as subjects of international law, as in the case of individual petitions concerning human rights through the European Court of Human Rights and individual responsibility in international criminal law. Finally, the fifth dimension is a form of ecological consciousness based on the relationship between the self and the cosmos, which would imply a profound revision of modern anthropocentric concepts.

 
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Kant e a Ideia de uma história universal

1. ed. São Paulo: Loyola, 2016. v. 1. 377p.

“A filosofia da história de Kant não representa somente uma das tentativas mais sofisticadas de atribuir um sentido à história do gênero humano, mas também um desafio à nossa mentalidade contemporânea animada por pessimismo e desapontamento com as ilusões sobre o progresso moral da humanidade. Por isso, é importante aceitar esse desafio e confrontar-mo-nos com o pensamento kantiano sobre a história. Joel Klein nos convida precisamente a isso […] Não conheço outra tentativa exegética tão completa e sistemática em relação aos escritos de filosofia da história, e me atrevo a afirmar que o presente livro representa uma contribuição absolutamente original não somente no contexto nacional, mas também no internacional.”

 

Alessandro Pinzani.

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Comentários às obras de Kant -  Crítica da Razão Pura - Org. Joel T. Klein.jpg
Comentários às obras de Kant -  Crítica da Razão Pura - Org. Joel T. Klein.jpg

Comentários às obras de Kant: Crítica da Razão Pura

1. ed. Florianópolis: NEFIPO, 2012. v. 1. 825 p.

Poucos foram os livros que marcaram tão profundamente a história da filosofia quanto a Crítica da razão pura. Sua influência é vasta, evidente e incontestável. Por isso, conhecer essa obra, tão importante quanto difícil, é uma tarefa necessária para quem quiser estudar filosofia, seja a partir do enfoque de sua história, seja a partir do enfoque de seus problemas. Ela é um divisor de águas a partir do qual se colocam, de um lado, uma diversidade de posições críticas, de outro, interpretações que assumiram de um modo mais ou menos abrangente o “espírito da revolução copernicana do modo de pensar”.

 

A proposta deste livro não é simples: conciliar uma rigorosa análise do texto kantiano e a revisão de algumas das principais obras de literatura secundária, junto com a tentativa de tornar o texto mais claro e compreensível. Esse objetivo foi buscado a seu modo por cada um dos colaboradores: reconhecidos professores e pesquisadores do tema. Este livro também conta com a tradução de alguns artigos já publicados em outras revistas e livros, os quais foram aqui acrescentados devido a sua temática e relevância.

Kant and the construction of pure reason: an analogy with a chemical experiment

Manuscrito, v. 45, p. 1-48, 2023.
DOI: doi.org/10.1590/0100-6045.2023.V46N1.JK

This paper defends a constructive interpretation of the Critique of Pure Reason, which is built in analogy with an experimental construction that Kant believes to characteristic of chemistry. I also argue for a way to reconcile the methodological perspective of the constructivist method with that of transcendental reflection. I therefore provide a constructive explanation for what Kant describes as being pure reason and the argument of the transcendental deduction. I propose to frame the different perspectives in such a way that the experimental construction is the ratio cognoscendi of pure reason, while pure reason is the ratio essendi of the experimental construction. O’Neill (1989, 2015) is one of the most important scholars that have argued for a constructivist reading of the Critique of pure reason (CPR). In this paper I develop and explore new aspects of this line of interpretation. One of the main criticisms raised against constructivist readings of Kant’s philosophy is an alleged commitment to subjectivism or voluntarism (cf. Kleingeld & Willaschek 2019). This concern led some scholars to rename their position as constitutivist instead (Korsgaard 2009; Sensen 2013, 2017; Formosa 2011). Constitutivism, is intended to be a sort of constructivism capable of avoiding voluntarism. However, it becomes difficult, sometimes, to differentiate between the constitutivist and foundationalist positions, which are based on transcendental reflection and imply a sort of realist perspective on reason. The same preoccupation applies to the constructivist interpretation of the CPR. In order to deal with this issue, the following questions must be addressed: how can constructivism justify the necessity and universality of transcendental principles of pure reason without compromising the normative and procedural aspects of the construction? How to reconcile arguments based on the analysis of representations and faculties with a constructivist procedure? Or even, how may transcendental reflection, as a view of the possibility of a priori cognition, be rendered compatible with a constructive procedure? This paper is divided into three sections, followed by brief final remarks. The first section outlines the main characteristics of constructivism and relates them to Kant’s positions about the nature of philosophy and its method. The second part argues for a type of experimental constructivism that might serve as a guiding analogy to understand the method underlying the CPR. Thirdly, I will show how the transcendental subject and pure reason are derived from this experimental construction. The conclusion briefly points out some advantages of this position.

Os limites do conceito de direito: reflexões sobre o positivismo jurídico de Kant em relação às teorias positivistas de Kelsen e Hart

ETHIC@ (UFSC), v. 21, p. 507-543, 2023.
DOI: doi.org/10.5007/1677-2954.2022e91877

Neste artigo argumento que o modelo de positivismo jurídico sustentado pela filosofia do direito de Kant é capaz de justificar o estabelecimento de limites ao conceito de validade do direito de uma forma que os positivismos de Kelsen e de Hart não conseguem. Essa limitação permite distinguir entre estados bárbaros, nos quais não há direito, e estados despóticos, nos quais apesar de não serem estados justos, ainda possuem direito. Com base nessa distinção, pode-se defender uma teoria positivista do direito que estabeleça critérios normativos não morais para a validade de um sistema jurídico. Nesse sentido, argumenta-se que os modelos positivistas de Kelsen e de Hart são inferiores do ponto de vista da sua capacidade de captar a normatividade jurídica.

Enlightenment as the normative principle of social rationality

Studia Kantiana, v. 21, p. 99-117, 2023.
ISSN eletrônico: 2317-7462

This paper argues that Kant’s philosophy entails a normative concept of social rationality distinct from other normative concepts such as moral and juridical rationality. I also argue that the normative demands of social rationality are embodied in the regulative idea of enlightenment which implies a profound intersubjective and moral character that unfolds in multiple layers and perspectives.

O legado kantiano na filosofia do direito internacional de Kelsen

Consani, C. F; Klein, J. T. Seqüência - Estudos Jurídicos e Políticos, v. 44 n. 93. Florianópolis: 2023.
DOI: doi.org/10.5007/2177-7055.2023.e79080

Este artigo defende a existência de uma relação teórica muito próxima entre Kant e Kelsen no âmbito da filosofia do direito internacional. Argumenta-se que há uma herança teórica especialmente com relação aos conceitos de soberania, monismo, e a exigência de um direito internacional como elemento necessário para assegurar a paz. A metodologia utilizada é hermenêutica e analítico-conceitual.

Kant and the idea of intergenerational justice

In. Pinzani, A.; Caranti, L. (Eds.). Kant and the Problem of Politics: Rethinking the Contemporary World. Routledge, 2022.
ISBN 9780367471576

Neste artigo, defendo que a filosofia prática kantiana contém elementos sólidos a partir dos quais se pode justificar uma teoria da justiça intergeracional. Apesar de Kant nunca ter desenvolvido esta questão de forma sistemática, apresento uma linha de raciocínio que lança luz sobre reivindicações morais intergeracionais robustas que podem potencialmente conduzir a uma formulação intergeracional do imperativo categórico. Este artigo também sublinha o caminho institucional exigido pela justiça intergeracional e aponta para o horizonte mais alargado aberto pela ideia de uma história universal. Assim, a filosofia kantiana da história fornece um contexto normativo para uma justiça intergeracional a qual se assenta num conceito de direito que tem em si mesmo uma exigência diacrónica.

Permissive laws and teleology in Kant’s juridical and political philosophy

Kantian Review, 1-22, 2022.
DOI: doi:10.1017/S1369415421000510

In this article I argue that the current readings of permissive law fall into hermeneutical difficulties and do not completely explain Kant’s complex use of the concept. I argue that the shortcomings of these interpretations can only be overcome by relating permissive law to practical teleology. That teleological thinking has a role in Kant’s moral thought by way of history is not new. Here, however, I argue that the system of rights itself is in some manner teleologically situated. This interpretation allows us to understand that Kant’s Doctrine of Right plays the role of a realist utopia.

Kant on Legal Positivism and The Juridical State

Kant Yearbook, vol. 13, no. 1, pp. 73-105, 2021.
DOI: doi.org/10.1515/kantyb-2021-0004

In this paper I argue that Kant’s political and juridical philosophy justifies a type of normative legal positivism that implies specific notions of law and legal freedom which determine and restrict the sphere of action of judges and jurists. Finally, I defend that, according to Kant’s practical philosophy, the normative connection between justice and law is not supposed to be carried out at the juridical level, as a meta-juridical theory, but at the political one, making it a meta-political theory.

On Serpents and Doves: The systematic relationship between prudence and morality in Kant's political philosophy

Kant-Studien, v. 101, p. 78-104, 2021.
DOI: doi.org/10.1515/kant-2021-0003

This paper argues that the political adage “Be ye prudent as serpents and guileless as doves” involves three different types of relation between prudence and morality, namely: unification (Vereinigung), subordination (Unterordnung), and association (Beigesellung). I maintain that these relations are set up according to the same principle that determines the relationship between mechanical and teleological causality in the third Critique. Thus, I argue that morality and prudence are much more systematically related within the system of critical philosophy than is normally assumed in the literature and that this is made possible by way of an intimate relationship between prudence and teleological judgment.

Kant's Constitution of a moral image of the world

Kriterion, v. 60, p. 103-125, 2019.
DOI: doi.org/10.1590/0100-512X2019n14206jtk

In this paper, I argue that the idea of a universal history is systematically legitimized in Kant’s transcendental system of philosophy by way of the concept of a need [Bedürfnis] for pure practical reason. In this sense, the idea of a universal history is a fundamental part of the moral image of the world that emerges from Kant’s whole philosophy, and it is crucial for understanding both the possibility of the system of pure reason, as well the full development of Kant’s moral philosophy, especially for political philosophy.

Considerações críticas acerca do libertarianismo de Nozick à luz da filosofia moral kantiana

Revista Latinoamericana de Filosofía, v. 43, p. 65-104, 2017.

Este artigo apresenta uma avaliação crítica da teoria libertariana de Nozick a partir da perspectiva da filosofia moral kantiana. As críticas são divididas em três seções. A primeira questiona a justificação libertariana da aquisição e do direito à propriedade. A segunda avalia as dificuldades e implicações do princípio de transferência. A terceira analisa a questão de como o princípio de retificação funciona no contexto da teoria libertariana de Nozick. Como conclusão mostra-se que, apesar de Nozick reivindicar uma filiação à filosofia moral kantiana, existe um abismo entre ambas as perspectivas teóricas, de modo que para a filosofia kantiana o libertarianismo não passaria de uma teoria do egoísmo moral.

A relação entre ética e direito na filosofia política de Kant

Manuscrito (UNICAMP), v. 37, p. 161-210, 2014.

 

Este artigo discute as relações existentes entre direito e ética na filosofia política kantiana e, ao contrário da interpretação dominante, procura mostrar que a boa vontade precisa estar presente para que a política possa alcançar plenamente seus objetivos. Nesse sentido, defende-se aqui duas teses: primeira, que não há uma ruptura das teses políticas da década de oitenta com as teses políticas da década de noventa no sentido de um abandono da necessidade de uma boa vontade no campo da política, a qual é condição necessária para a realização de uma constituição republicana; segunda, contra uma interpretação exclusivamente liberal, defende-se que isso implica que o republicanismo kantiano permite que o Estado assuma medidas institucionais para um esclarecimento moral de seus cidadãos.

Die Weltgeschichte im Kontext der Kritik der Urteilskraft

Kant-Studien, v. 104, p. 188-212, 2013.
DOI: doi.org/10.1515/kant-2013-0013

In this paper, I shall defend the thesis that the idea of a universal history in Kant’s third Critique is not legitimated from a theoretical and systematic pointof view but instead from a practical point of view. In order to sustain this interpretation, I shall reconstruct parts of arguments from the entire Critique of Teleological Judgment. First, I shall argue that in the Analytic as in the Dialectic, the external purposiveness  can  legitimize  only  a  teleological  history  of  nature  but  not  a universal history. Second, I defend that in the Methodology, the idea of a universal history is grounded in an interest of pure practical reason.

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